Contexto e importância do duelo
Na noite de quinta, o Estádio UNO Jorge Luis Hirschi, em La Plata, vira palco de um clássico sul‑americano que tem tudo para marcar história. Depois de perder por 2 a 1 no Maracanã, o "Pincharrata" volta ao Brasil com a missão impossível de virar o placar e garantir vaga nas semifinais da Copa Libertadores. Se não acertar os dois gols de diferença, vai cair na primeira fase da disputa, algo que não acontece ao clube há 16 anos.
Do lado brasileiro, o Flamengo chega com moral nas alturas. Sob o comando de Filipe Luís, a equipe sumiu da zona de derrota: são nove jogos seguidos sem perder e apenas um tropeço nos últimos doze confrontos. Essa sequência inclui a vitória na final da Supercopa do Brasil e a campanha sólida na fase de grupos da Libertadores, onde mostrou um futebol de pressão alta e alas velozes.
Além da partida em si, existe um clima de tensão extra. Na última semana, o clube rubro‑negro enviou um protesto formal à CONMEBOL por causa da arbitragem do primeiro jogo, o que resultou na anulação do cartão vermelho de Gonzalo Plata. O brasileiro ainda sofreu um ataque ao ônibus oficial assim que chegou ao estádio, aumentando a sensação de "guerra fora de campo".

Escalações prováveis, táticas e números chave
Os técnicos já deixaram pistas sobre os 11 que devem iniciar a partida. No Estudiantes, Eduardo Domínguez costuma manter a solidez defensiva com Fernando Muslera entre os postes. A linha de trás tem Eric Meza, Santiago Núñez, Facundo Rodríguez e Santiago Arzamendia, responsáveis por fechar os espaços nas transições rápidas do adversário.
No meio‑campo, o grupo aposta em Santiago Ascacíbar como âncora, com Mikel Amondarain e Cristian Medina dando movimentação e Gastón Benedetti apoiando o ataque. Na frente, Tiago Palacios e Guido Carrillo são as armas principais para buscar o gol que falta.
O Flamengo, por sua vez, tem Agustín Rossi como guarda‑redes, enquanto Varela, Leo Ortiz, Leo Pereira e Alex Sandro compõem a defesa que tem sido rara em sofrer gols nos últimos jogos. No meio, a escolha entre Jorginho ou Nicolás De La Cruz ao lado de Saúl Ñíguez e Arrascaeta garante criatividade e controle de ritmo. O trio de ataque – Gonzalo Plata, Pedro e Samuel Lino – deve ser o foco das investidas pelas pontas.
- Estudiantes: Muslera; Meza, Núñez, Rodríguez, Arzamendia; Ascacíbar, Amondarain, Medina, Benedetti; Palacios, Carrillo.
- Flamengo: Rossi; Varela, Ortiz, Pereira, Alex Sandro; Jorginho ou De La Cruz, Ñíguez, Arrascaeta; Plata, Pedro, Lino.
Do ponto de vista estatístico, o primeiro jogo mostrou que o Flamengo tem 60% de posse de bola e 14 finalizações, enquanto o Estudiantes marcou 5 finalizações a menos, mas fez o gol de empate ainda que fora de casa. Na segunda partida, a chave será transformar a posse em gols claros – o Flamengo tem média de 1,8 gols por jogo nas últimas oito partidas, já o Estudiantes tem 1,1, mas conta com a vantagem de jogar em casa.
O árbitro Piero Maza Gómez terá apoio de José Cabero no VAR. Qualquer decisão controversa pode mudar o rumo da partida, sobretudo em lances de pênalti ou cartões vermelhos, que no primeiro duelo foram decisivos.
Para quem quer acompanhar ao vivo, a partida será transmitida pela Fox Sports e disponível em streaming na plataforma Disney+ Premium. As duas emissoras prometem cobertura completa, com comentários em português e análises táticas ao final de cada tempo.
Se o Estudiantes conseguir o sonho de chegar às semifinais, enfrentará o Racing, que eliminou o Vélez na outra chave. A partida então vira um clássico Brasil × Argentina – caso o Flamengo saia vitorioso, o duelo será contra o mesmo Racing, mas mudando a dinâmica da disputa continental rumo ao título.