Djokovic fica fora do Top 5 de Sabalenka: lista com Federer, Nadal, Serena, Graf e Agassi acende debate

Djokovic fica fora do Top 5 de Sabalenka: lista com Federer, Nadal, Serena, Graf e Agassi acende debate

Um Top 5 sem Djokovic vira notícia

Uma lista de maiores de todos os tempos sempre rende briga boa. Quando a atual número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, crava seus cinco nomes e deixa Novak Djokovic fora, a conversa explode. Em entrevista ao Boardroom, plataforma de conteúdo esportivo de Kevin Durant, a tricampeã de Grand Slam apontou Roger Federer, Rafael Nadal, Serena Williams, Steffi Graf e Andre Agassi como os grandes de sua história pessoal no tênis. A escolha correu o circuito mais rápido que um saque a 200 km/h e gerou surpresa imediata.

Sabalenka justificou as escolhas falando de elegância e impacto: a estética e o pioneirismo de Federer, a intensidade quase sobre-humana de Nadal, a dominância de Serena, a precisão e a aura de Graf, além do carisma e da trajetória de Agassi. Em paralelo, a ausência de Djokovic chama atenção não só pelos números do sérvio, mas também pela boa relação entre os dois: eles já apareceram juntos em ações de torneio — inclusive em uma disputa de dança em Roland Garros — e trocam gentilezas nos bastidores com frequência.

O timing ajudou a esquentar o assunto. A fala veio enquanto Sabalenka jogava o US Open, onde avançou à terceira rodada após vencer Rebeka Masarova e Polina Kudermetova, antes de se preparar para encarar Leylah Fernandez. No meio de uma campanha de Slam, qualquer opinião de peso vira combustível para debates, timelines e mesas-redondas.

Por que a ausência de Djokovic pegou todo mundo de surpresa

Por que a ausência de Djokovic pegou todo mundo de surpresa

Se existe um consenso próximo no tênis, ele passa pela grandeza de Novak Djokovic. O sérvio é o recordista de títulos de Grand Slam no masculino, tem o maior número de semanas como número 1 e lidera várias métricas de longevidade e consistência. Também domina o histórico de confrontos com Federer e Nadal, algo raro num esporte que venera duelos diretos. Por isso, vê-lo fora do Top 5 pessoal de uma líder do ranking acendeu um alerta: critério importa — e muda o resultado.

As listas, no fim, dizem tanto sobre quem escolhe quanto sobre quem é escolhido. Sabalenka, estilisticamente agressiva e fã declarada de potência e personalidade, puxou nomes que marcaram época por estilo, magnetismo e revoluções técnicas. Isso explica Federer, Serena e Agassi. Ao mesmo tempo, premiar Nadal e Graf é reconhecer a ferocidade competitiva, o volume de títulos e o impacto cultural — no caso de Graf, o lendário “Golden Slam” de 1988 (os quatro Majors e o ouro olímpico no mesmo ano).

Para o público, no entanto, pesa o currículo. Djokovic soma 24 Slams no masculino, mais semanas no topo do ranking do que qualquer outro tenista e recordes em Masters 1000. Nadal tem 22 Majors, com 14 Roland Garros que dificilmente serão igualados. Federer encerrou a carreira com 20 e redefiniu o padrão de jogo ofensivo no alto nível. Serena Williams empilhou 23 Slams na Era Aberta e mudou a conversa sobre potência, longevidade e impacto fora de quadra. Agassi, com oito Majors, é um dos poucos donos do “Career Golden Slam” (os quatro grandes + ouro olímpico, ao longo da carreira).

Resumindo os motivos pelos quais cada nome costuma entrar em listas históricas:

  • Roger Federer: 20 Slams, estética e reinvenção do ataque na quadra rápida.
  • Rafael Nadal: 22 Slams, supremacia no saibro e resiliência física e mental.
  • Serena Williams: 23 Slams na Era Aberta, dominância multigeracional.
  • Steffi Graf: 22 Slams e o “Golden Slam” em 1988, feito único.
  • Andre Agassi: 8 Slams e “Career Golden Slam”, além de grande influência de cultura pop no esporte.

Outro ponto que chamou atenção foi Sabalenka misturar homens e mulheres na mesma lista. Muita gente separa por gênero, porque calendários, estrutura física e histórico competitivo são diferentes. Ao cruzar essas fronteiras, a número 1 sinaliza que critério, para ela, vai além da planilha de números: peso cultural, estilo e o quanto um atleta mexe com a imaginação também contam.

Nas redes, a repercussão seguiu dois caminhos. De um lado, fãs de Djokovic perguntaram se foi esquecimento ou provocação — e lembraram as marcas históricas do sérvio. Do outro, muita gente apoiou a liberdade de escolha e destacou que listas pessoais não são ranking oficial: são recortes. O tom geral, porém, foi de espanto pela omissão de um jogador que moldou a última década e meia do circuito.

Há ainda a dimensão de vestiário. Sabalenka é uma figura influente, campeã de três Slams, e suas opiniões ecoam entre colegas. Ela já mostrou não ter medo de posicionamentos fortes — dentro e fora de quadra. Ao citar Agassi, por exemplo, ela também homenageia uma família que marcou o esporte: Agassi e Steffi Graf, casados, formam talvez o casal mais simbólico do tênis, o que dá à lista um toque pessoal que faz sentido para quem vive o circuito de dentro.

Se a pergunta é “quem sai para Djokovic entrar?”, a resposta muda conforme o critério. Se o foco é apenas volume de conquistas e domínio estatístico, o sérvio supera Agassi e briga de igual para igual com Federer e Nadal. Se o peso recai sobre estilo e influência estética, Federer segue inalcançável para muitos. E se o olhar busca impacto cultural e representatividade, Serena e Graf se tornam incontornáveis.

No fim, o episódio lembra por que listas fascinam: elas não encerram debates, abrem outros. A fala de Sabalenka reacendeu discussões sobre o que conta mais — títulos, longevidade, estética, carisma, revolução tática — e expôs como o tênis atual convive com múltiplos critérios de grandeza. Entre a frieza dos números e o calor da memória afetiva, cada torcedor monta o seu Top 5. Sabalenka montou o dela — e colocou o circuito para conversar.

Sobre o Autor

Leonardo Rivers

Leonardo Rivers

Sou um jornalista apaixonado por contar histórias. Trabalho como editor de notícias em um grande portal de notícias brasileiro. Amo escrever sobre os acontecimentos diários no Brasil e dar voz aos acontecimentos que impactam nossa sociedade.

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