Empate sem gols marca confronto intenso entre Atlético Nacional e São Paulo
O Atlético Nacional recebeu o São Paulo no estádio Atanasio Girardot, em Medellín, para o primeiro embate das oitavas de final da Copa Libertadores 2025, e quem esperava chuva de gols acabou presenciando um duelo bruto, pegado e sem ninguém conseguir balançar as redes. O 0 a 0 reflete bem o que aconteceu: defesas muito seguras, ataques travados e, claro, aquela pontinha de frustração para quem queria vantagem no placar.
O início da noite foi típico de Libertadores na Colômbia: estádio lotado, pressão vinda das arquibancadas verde e branca e o Nacional tentando sufocar nos primeiros minutos. E a estratégia quase funcionou. Cardona, que tem fama de decisivo, ficou cara a cara com a história ao bater um pênalti ainda no primeiro tempo. Mas a perna pesou, e o chute saiu torto, longe do gol de Rafael. O silêncio que tomou o estádio pareceu dar combustível ao São Paulo, que foi se soltando no jogo a partir dali.
O time brasileiro chegou com desfalques importantes. Quem esperava Alisson aberto pelo lado, se surpreendeu ao ver o jogador novamente no papel de volante – função que ele assumiu após lesão de Oscar. E não decepcionou. Alisson foi firme na marcação, roubou bolas e deu dinâmica ao meio-campo, o que ajudou o São Paulo a controlar o jogo e esfriar o ímpeto dos colombianos.
Defesas sólidas e decisões táticas marcam a duelo de ida
No lado do Nacional, o técnico escalou uma defesa experiente, com David Ospina no gol, e jogadores bem rodados como Tesillo e Arias. O trio ofensivo, formado por Cardona, Sarmiento e Morelos, voltou para casa sem grande brilho. Depois do pênalti perdido, a tensão bateu forte e o ataque ficou preso na marcação paulista.
Do outro lado, Dorival Júnior precisou improvisar. Sem Wendel, mexeu no meio e manteve Alan Franco e Ferraresi firmes na zaga – os dois se destacaram bloqueando tentativas de Cardona e Morelos. Nas laterais, Bobadilla e Enzo Diaz conseguiram segurar os avanços, apostando nos momentos certos para desafogar com passes rápidos no contra-ataque. Luciano se movimentou bem na frente, mas encontrou dificuldades com a dupla de zaga colombiana. A dúvida entre André Silva e o jovem Ferreirinha permaneceu até perto do apito inicial, mas nenhuma das opções conseguiu mexer no placar.
O jogo foi marcado por um equilíbrio tático daqueles de xadrez sul-americano. Cada substituição parecia planejada para proteger mais o empate do que buscar o gol fora de casa. O São Paulo, mesmo com certas limitações no elenco, se mostrou paciente: tocou a bola, evitou se expor e levou para o Morumbi a vantagem do empate sem gols. Com o regulamento, qualquer vitória simples em casa garante vaga nas quartas e mais tranquilidade para a torcida tricolor.
Mesmo quem ficou acordado até tarde esperando por um gol saiu com a sensação de que o placar zerado está longe de decidir alguma coisa. A volta promete: elenco renovado, casa cheia e um Nacional que vai precisar se arriscar mais se quiser seguir sonhando na Libertadores.